quinta-feira, agosto 02, 2007

O planeta deles


Dizem os documentários alternativos que, muito antes de os europeus descobrirem o zepelim, os maias já haviam mapeado toda a galáxia. Eles sabiam quantos dias durava um ano, e sabiam quanto durava um ano em Vênus, e perceberam que os planetas giravam em torno do Sol, e que o Sol girava em torno de uma galáxia maior, que emitia uma luz muito forte a cada 5.125 anos, capaz de alinhar os planetas, alterar seus campos magnéticos e despertar a consciência do homem e dos outros animais. Acreditavam que a sombra da Lua na Terra era capaz de produzir desgraças. Depois, a Nasa descobriu que a sombra da Lua percorre a Europa, o Oriente Médio e o sudeste da Índia. De um dia para o outro, os maias desapareceram. Todos, de uma vez só. Deixaram intactas suas construções, seus equipamentos, seus cálculos e escritos, e escafederam. Restam apenas as conjecturas, muitas das quais asseguram que eles foram por vontade própria, livre e espontaneamente. A imaginação humana supõe que eles observam a Terra ainda hoje, porque vagam livremente pelas galáxias, em carroças que outrora aravam arrozais. E conversam sobre o planeta onde moraram, por meio de fluxo de consciência intercambiável. Assim:
Maia 1: Estabelecendo contato. Câmbio.
Maia 2: Contato efetuado. Pode reportar, câmbio.
Maia 1: O planeta deles ainda é um organismo vivo, mas extremamente desequilibrado. Estão fazendo várias coisas erradas, das quais algumas boas sobressaem. O habitat deles é cinza e esfumaçado, eles moram em - como posso dizer? - grandes tijolos espelhados que se erguem até o céu. Moram todos juntos, uns do lado dos outros, uns em cima dos outros, mas ninguém se conhece. A ciência que eles construíram permitiu que vivam longamente e em abundância, portanto eles imitam tatus vez ou outra, quando descem ao subsolo para embarcar em trens. Estão extremamente longe da natureza. O que conhecem de florestas e rios está apenas em fotos e numa caixa que eles usam muito. É uma caixa estranha, grande e lisa, com imagens que se mexem. Sua crença no Ser Superior é muito fragmentada. Alguns acreditam em um deus, outros acreditam em vários, outros em nenhum. Por causa disso, eles brigam eternamente e fazem guerras, explodem os tijolos espelhados. Aliás, ultimamente eles têm guerreado por causa do petróleo. Petróleo é um líquido que eles usam para andar em suas carroças, e é o principal motivo das chuvas ácidas, buracos na camada de ozônio, derretimento de geleiras...
Maia 2: Derretimento de geleiras? Céus. Desculpe a interrupção, mas é que achei estranho. Câmbio.
Maia 1: Sim, eu também acho. Enfim, ainda vai demorar até eles perceberem que no planeta há uma ligação em tudo, e que eles podem desaparecer como seres pensantes. Câmbio.
Maia 2: É o que nós dizíamos anteriormente, sobre eles precisarem optar entre a nova consciência ou o desaparecimento completo, até o dia 20/12/2012. Continue o relatório. Câmbio.
Maia 1: Eles ainda não perceberam que pertencem ao planeta, acreditam que o planeta lhes pertence, portanto criam animais. Aos animais foram designadas tarefas específicas, totalmente aleatórias. Cachorros e gatos servem para companhia, e vacas, galinhas, porcos, peixes, répteis, roedores, aves, todos estes servem para alimentação, transporte, montaria, entretenimento e pesquisa científica. Acham um absurdo comer cachorro, mas gostam de comer porcos, sendo os porcos mais inteligentes que crianças de 3 anos. Gostam de animais fofinhos, mas acham normal usá-los livremente para fazer produtos de beleza. Sua alimentação está repleta de derivados animais, inclusive leite. De vaca. Você acharia isso normal? Câmbio.
Maia 2: Não. Câmbio.
Maia 1: E ainda não desenvolveram uma consciência libertadora e plena do próprio corpo. Tomam remédio a qualquer sinal de irregularidade, em vez de manipular a energia vital. Câmbio.
Maia 2: E quanto ao planeta deles? Câmbio.
Maia 1: Está morrendo. O planeta deles está morrendo. Câmbio, desligo.

6 comentários:

Flávio A disse...

os maias tentaram alertar a humanidade para o fato de que nós (homens, animais, rios, árvores, montanhas, céu, estrelas, galáxias...) somos células iguais que constituem um organismo vivo, muito maior. foram embora de repente, mas às vezes voltam para olhar.

uma ressalva: as informações no primeiro parágrafo foram retiradas do documentário "as sete profecias maias". o resto é coisa que todo mundo sabe, mas ninguém vê.

Anônimo disse...

Contato efetuado, câmbio.

Flávio A disse...

aqui também, câmbio.

vai começar a baderna aqui, hein, marina.

la texana disse...

eu sou completamente viciada em peter pan, obcecada mesmo. talvez seja eu que sempre tenha tentado voar.

Unknown disse...

é tipo isso mesmo.
sabe o que é pior de tudo? a gente vê sim. a gente sabe, a gente vê, acho que, sei lá, a gente não acredita. =/
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mas, sabe, o mundo vai ser um lugar melhor quando todos morrermos.

***

é nightwish sim. na época que eles eram fodásticos. =)

Anônimo disse...

Baderna geral. Câmbio.