domingo, dezembro 03, 2006


Em sonho, perguntaram-me o que era amor, e eu disse que, depois de indefinível, era como um chiclete azedo que se morde e deixa escorrer o recheio ácido, que vem percorrendo o corpo e queimando tudo. Quase paralisa a língua, e enxagua os olhos. Depois de todos os suores e as dores, e os tremores fenomenais, que ocorrem quando uma molécula "diz sim a outra molécula", emergem essas sensações alucinógenas que distorcem tudo e fazem aparecer uma sombra de ciúme na paisagem que era linda.

Isto ocorre quando uma molécula diz não a outra molécula, e é a parte que destrói as outras.

4 comentários:

LUDMILA BARBOSA disse...

Aahh! Eu tinha perdido teu blog dos meus favoritos, demorei um pouco para achá-lo novamente. Quando o achei vi esse texto, mais um verdadeiríssimo e muitíssimo bom. Mas triste, o que não tira a beleza do texto, torna-o apenas mais real!!!
Um abraço!

Weronika disse...

tem um coração na bandeira da polônia. e acho q ele transporta sua dor,
ou seria a sua imaginação?
a história polonesa também traz muitas dores, e o vermelho embaixo do branco é o sangue que manchou a alma dos poloneses.
a dor deles já foi real
e é aumentada pelo seu imaginário.
ah, lembranças.
todas essas moléculas...
se dizem ou não dizem
no fim sentem uma coisa só. geralmente no fim é a tristeza, quando deveria ser a felicidade, já que sempre é ou tristeza ou felicidade,
e o final deveria ser sempre feliz.
ou sempre q desse pra imaginá-lo feliz..

:*

eu gostei muito do "maravilhoso pássaro"

Weronika disse...

e o final deveria ser sempre feliz.
ou deveria ser sempre imaginado feliz....

*correção da penúltima frase*

Anônimo disse...

Clarice linspector hein? =D

amei.
mas amor nao é só dor.
=|
=*