quinta-feira, abril 24, 2008

Carta de amor

Meu bem,

Há três dias aquele caroço de alguma-coisa jaz no chão do banheiro. Aquilo parece uma barata. Eu entro no banheiro, e, mesmo antes de acender as luzes, vejo o troço no chão e acho que é uma barata. Sempre levo um susto. Você ia gostar se eu deixasse uma azeitona preta dentro da sua caneca preferida e você achasse que era um cocô de bode? Por que você não tirou o negócio de lá ainda? Isso é típico seu: sair pela casa espalhando as coisas como se elas fossem perfume, por mais horrendas que sejam.

Outro dia cheguei tarde e você ainda não tinha dado um jeito nas toalhas molhadas. Você sai do banho, usa todas as toalhas disponíveis e joga tudo no chão! Emboladas, ainda por cima. Você podia pelo menos estendê-las no chão, pra secar mais rápido. Mas NÃO! Eu chego e elas estão úmidas. O pior é que eu sempre acho que elas estão úmidas de suor, porque você aprendeu com aquela sapa da sua mãe a enxugar a testa toda hora com qualquer toalha que aparece na frente. Credo!

Um último lembrete: tem suco de uva na geladeira, daquele que você gosta. Eu comprei. Mas peloamordeDeus não vá fazer baderna na cozinha, porque você adora abrir os sucos e, sem óculos, por causa dessa miopia idiota, você sai pingando metade da garrafa no chão, sendo que a Raimunda acabou de encerar o porcelanato. Tem biscoito também, mas não come tudo porque eu quero experimentar!

Nos vemos mais tarde, deixe a casa em ordem,
beijo.

10 comentários:

Anônimo disse...

flávio, a cada vez que te visito aqui - tem tanto tempo, sempre, entre uma e outra vinda - fico surpresa com o tanto que perdi. perdi tanto em palavras como em acontecimentos, pq ler tudo isso me faz pensar "o que sera, OH DEUS?!, que realmente acontece na cabeça dele?", o q te acontece q te faz escrever o q escreve? e tudo q eu leio aqui, sempre, me é tao novo, tão sem todas as referências q vc tem, que n tenho vontade de sair desse mundo preto azulado.. e me faz tão bem... CARALHO! e eu pobre medíocre, eternamente idiota, venho aqui comer as letras como se fossem balas de leite; uma criança totalmente crua, que nao sabe o q fazer consigo. e sabe, voltando ao normal agora.. eu qria dizer obrigada, pra variar. pelas palavras q eu n ouço vc dizer, mas q tento decifrar em silêncio, lendo fragmentos seus com meus olhos em meia-lua; meio cega, meio sonho, meio real.

Unknown disse...

ah, o romantismo. /suspiro

(que poético o comentário da nika)

Unknown disse...

é o rafael. meu irmão tava logado u.u

Anônimo disse...

:)

Weronika disse...

vc ganha dinheiro com seu blog?
sempre que logo in vejo esse linkzinho azul, perguntando c eu n qro ganhar dinheiro com meu blog. ai notei q há algum tempo vc tem esses multiquadradinhoscoloridosmutantes e pensei c eles seriam o espaço q vc cede pros ads, e assim lucrando com isso.
hmm. mto bom, se sim!

Weronika disse...

como funciona/como faz esses "marcadores" ao fim d cada post?

leila saads disse...

Ahh, me lembrou meu amor!

Beijos!

PS: Como vai a vida, Flávio, não te encontro mais na UnB. Nem você, nem o Henrique, nem a Nika... Só mesmo Isabella, bela, que encontrei outro dia.

julia disse...

MUITO BOM!!!!!
adorei isso

leila saads disse...

Mudei sim de blog, Flávio! Mas continuo na UnB!
A nika deixou um comentário hoje no meu blog! Não sabia que ela ia pra Polônia! =/

=*

Natacha disse...

aah, oba!
De uma forma muito estranha era tudo o que eu precisava ler hoje!