quarta-feira, abril 12, 2006

Baratinha quando morre se arrasta pelo chão...



Era praticamente uma ET. Estava quase morta. Já estava pseudomorta, arrastando-se sem vida, a ET, a barata. Suas patas tortas e trôpegas embaralhavam-se na ânsia absurda por um pouco da vida que lhe estava sendo negada, percorrendo o chão que seria seu túmulo. Ela, a barata, era o que era e o que não era, era barata e aranha, pelos 8.000 pés que se lhe formavam, era barata e lagartixa, quando subiu pela parede de azuis azulejos. Perseguiu-me, a barata, e fugiu de mim. À hora oficial de sua morte, já eu não estava mais lá.

Quando vejo baratas, dá-me uma vontade bruta de ler Clarice Lispector*.

*por causa de A Paixão Segundo GH etc.

7 comentários:

Anônimo disse...

tadinha da barata.
*:

Flávio A disse...

é. além disso, baratas nem são muito bem vistas...

Anônimo disse...

Que bonito ^^
Eu n consigo n ter mta agonia de baratas, mas venho tentando... /o\

AMN disse...

hi :D

Iela disse...

Eu tenho o livro e o DVD, se quiser emprestado, é só falar!
E bom começo de semestre pra vc!
:*

I.P. Araújo disse...

Rss... morro de rir quando ouço essas histórias de baratas! xD

Ah, tá funcionando, ó: http://jiloh.here.ws/

I.P. Araújo disse...

E uma super-felicidade-de-notícia: http://northernlights.here.ws/
*-*
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