
Sabemos que se trata de urina velha aquela água grudenta no chão do banheiro, mas ainda se espera com franqueza que seja qualquer outra coisa, porque entramos lá dentro calçando chinelos e uma calça - a preferida - que arrasta no chão. Os pés sentem-se molhados e frios, como a calça que se torna logo pegajosa. As torneiras estremecem e expelem um jorro violento de água, que nos cobre como num batismo, e os espelhos oxidados refletem o banheiro que parece ter saído de um jogo de terror, Resident Evil, Silent Hill, talvez. O exaustor gira lentamente, deixando entrar uma luz ocasional. Vez ou outra, alguém aparece à porta e desiste de entrar. O mictório de alumínio fede como um tanque nunca lavado. Na parede, um buraco escuro. Quando uma alma penada emergir arrastando-se da cratera sinistra, teremos há muito saído de lá.
E agora os estudantes voltam a ser atormentados por vendedoras de cartão de crédito.
6 comentários:
eco.
as vendedoras dessa vez nao sao insistentes.
menos mal.
ainda bem, senão eu partiria para a ignorância.
"O silêncio pesado era quase ruidoso, mas não deixava transparecer nenhum barulho de brincos ou argolas balançando, nada que denunciasse o Rei Momo. Mais adiante, a única sorveteria aberta do bairro parecia reluzir, dourada, como o único abrigo possível existente no planeta. Lá dentro, Jacqueline Kennedy, apertada num conjuntinho rosa horroroso, tomava sorteve de baunilha. Seu favorito, dizia à imprensa".
essa última parte é mentira. mas sabe que eu gostei?
ai que nojooooooooooooooooooooooo!
eca flávio >_<
acho que a jackie kennedy soh tomava sorvete de baunilha.
(ai, um dia ela foi experimentar o de milho verde e virou um espantalho)
TEXTO BONS = TEXTO INEVITAVEL, IRRELUTANTE.
ai que horrroooorr!! me imaginei dentro de um banheiro desses, caramba, voce escreve muito bem, fui transportada para um banheiro de rodoviaria! hahahaha
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