
23h59 de um domingo e um estranho silêncio que não é a ausência de ruído, mas uma junção própria e bem saliente de ruídos que se fazem ouvir aqui e ali, primeiro o cooler do computador, palavra estrangeira para a qual não se encontram traduções exatas a não ser bizarrices como esfriador, e por isso cabe-se o neologismo; depois um batuque distante, seria uma cerimônia, um terreiro de macumba, uma festa...? Em seguida, o choro de um bebê. O arranque de um carro. Uma música. E ainda assim é isto o silêncio, um fenômeno que não é caracterizado pelo auditivo, mas sim pelo visual e pelo tátil, a noite escura e fria. Ademais os tímpanos nunca dormem.
3 comentários:
é verdade. :)
Silêncio, fenômeno interno... Vem de dentro pra fora.
=*
Enxergar profundamente o silêncio!
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